Como dizem os versos de Jorge Ben, moramos "em um país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza", mas, o que a canção não diz é que somos demasiadamente expostos ao sol por aqui. Um ambiente de lindas paisagens, mas, ao mesmo tempo, propícios às mais variadas doenças de pele. Uma delas, a queratose actínica, embora seja uma neoplasia benigna, tem potencial de transformação para um tipo de câncer de pele (carcinoma espinocelular), de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia. No entanto, a boa notícia é que a lesão pré-cancerígena tem tratamento: a utilização de um gel dermatológico chamado Solaraze, com diclofenaco sódico como princípio ativo.

Indicado para adultos e idosos, o gel Solaraze deve ser aplicado diretamente no local afetado, duas vezes ao dia, com quantidade de acordo com a circunferência da área afetada - considerando uma lesão de 5 cm x 5 cm, por exemplo, utilize cerca de 0,5 gramas, o correspondente ao tamanho de uma ervilha. Vale ressaltar que não se deve extrapolar a quantidade máxima diária de utilização, que corresponde a 8 gramas, considerando as duas aplicações. Não há recomendação de dosagem e indicação para crianças, já que não há estudos ou casos consideráveis de incidência da doença.

De acordo com estudos sobre o Solaraze, a duração recomendada para a terapia é de dois a três meses para a cicatrização completa das lesões. Não há restrição de utilização do medicamento, em relação à influência em efeitos sobre o uso simultâneo de outra medicação. Entretanto, a aplicação do gel não é recomendada a partir do terceiro trimestre de gravidez, bem como durante o aleitamento - apenas sob a prescrição de um médico. Também não deve ser utilizada por pacientes com hipersensibilidade às substâncias contidas na composição do gel, em especial a quem tem asma, rinite alérgica e urticária.