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Produzido sob a substância ativa osimertinib, o Tagrisso é um medicamento destinado ao tratamento de pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (NSCLC). Após uma bateria de estudos que comprovam a sua eficásia, o Tagrisso recebeu a aprovação da European Medicines Agency - órgão regulador de medicamentos para o tratamento de: células cancerosas têm mutações T790M e cujo câncer está avançado ou se espalhou; pacientes cujas células cancerosas apresentam mutações conhecidas como 'mutações de ativação' e cujo câncer está avançado ou se espalhou;  pacientes cujas células cancerosas apresentam alterações genéticas conhecidas como Ex19del ou L858R e cujo câncer não se espalhou para outros órgãos e foi completamente removido por cirurgia; pacientes cujas células cancerígenas apresentam certas mutações (alterações) num gene para uma proteína chamada EGFR (Receptor do fator de crescimento epidérmico).
Disponível em comprimidos de 40 e 80 mg, o Tagrisso deve ser tomado em uma dosagem diária de 80 mg uma vez ao dia, enquanto a doença melhorar ou permanecer estável, ou não retornar após a cirurgia, e os efeitos colaterais sejam toleráveis. E, caso ocorra determinado efeito colateral, o médico pode decidir reduzir a dose ou interromper o tratamento. De acordo com a AstraZeneca AB, titular da autorização de introdução no mercado, "a substância ativa do Tagrisso é um tipo de medicamento contra um  inibidor da tirosina quinase. O medicamento bloqueia a atividade do EGFR, que normalmente controla o crescimento e a divisão das células. Em células de câncer de pulmão, o EGFR é frequentemente hiperativo, causando crescimento descontrolado de células cancerígenas. Ao bloquear o EGFR, o osimertinib ajuda a reduzir o crescimento e a disseminação do câncer".
 
Já segundo a EMA, quatro estudos demonstraram a eficácia do Tagrisso na redução de tumores em pacientes com NSCLC e em retardar o agravamento do câncer, bem como a eficácia para ajudar a evitar que o câncer voltasse em pacientes que fizeram cirurgia para remover completamente o câncer. "Em dois estudos envolvendo 411 pacientes previamente tratados com mutações T790M, as taxas de resposta global (a proporção de pacientes cujos tumores diminuíram) com Tagrisso foi de 66% e a resposta durou em média 12,5 meses". De acordo com  a agência, um terceiro estudo, com 419 pacientes previamente tratados com mutações T790M, analisou principalmente a eficácia na prevenção do agravamento do câncer, comparando-o com uma quimioterapia à base de platina (o tratamento padrão para NSCLC). 
 
Os pacientes que tomaram Tagrisso não apresentaram piora durante cerca de 10,1 meses - em comparação com 4,4 meses nos doentes em quimioterapia. Já em um quarto estudo, com 556 pacientes com mutações de ativação, a sobrevida livre de progressão foi de 18,9 meses - contra 10,2 meses em pacientes que receberam um tratamento com outros medicamentos (erlotinib ou gefitinib). Por último, a EMA informou que, "em um estudo envolvendo 682 pacientes - com mutações Ex19del ou L858R que fizeram cirurgia para remover completamente o câncer - 89% (302 de 339) dos pacientes que tomaram Tagrisso seguiram livres da doença após pelo menos 1 ano de tratamento - em comparação com 54% (184 de 343) dos pacientes que tomaram o placebo.